Por Gabriel dos Santos Birkhann (*)
Fonte: <editoracontexto.com.br> |
O livro “Fontes Históricas”, organizado pela historiadora Carla Bassanezi Pinsky (doutora em Ciências Sociais pela UNICAMP e que escreve a “Apresentação” do livro) apresenta uma série de ensaios sobre a conceituação e uso das fontes históricas.
Cada um desses ensaios, particularmente bem
escritos, estuda uma fonte histórica, o seu uso, a sua história.
Maria de Lourdes Janotti (doutora em História pela
USP) em “O livro Fontes Históricas
como fonte” estuda o próprio livro em que esse ensaio está inserido, analisando
esse livro como apoio para uma leitura historiográfica mais profunda.
Carlos Bacellar (doutor em História Social) em “Uso
e mau uso dos arquivos” [FONTES DOCUMENTAIS] estuda os arquivos, sua história e
importância, as dificuldades do pesquisador, mas o texto não é desanimador,
pelo contrário, ressalta os resultados positivos que se pode ter após uma
visita (na verdade, várias) a um
arquivo.
Pedro Paulo Funari (doutor em Arqueologia pela USP)
em “Os historiadores e a cultura material” [FONTES ARQUEOLÓGICAS] analisa o uso
de fontes arqueológicas no estudo da História, sua importância, seu valor
enquanto parte importante da (re) construção do espaço histórico (e logo, da
memória).
Tania Regina de Luca (doutora em História Social
pela USP) em “História dos, nos e por meio dos periódicos” [FONTES IMPRESSAS]
analisa o uso da imprensa (revistas, jornais, periódicos) como fonte da
História, seus usos, desafios, e sua relevância para estudar o comportamento de
uma determinada época.
Verena Alberti (doutora em teoria da literatura pela
Universidade de Siegen, Alemanha) em “Histórias dentro da História” [FONTES
ORAIS] problematiza a utilização das fontes orais na História, a história dessa
fonte (o percurso até que ela fosse aceita), os desafios, vantagens e surpresas
encontradas ao longo de uma entrevista de História Oral.
Vavy Pacheco Borges (doutora em Ciências Sociais pela PUC de São Paulo) em "Grandezas e misérias da biografia" [FONTES BIOGRÁFICAS] estuda o conceito de biografia, sua história, a visão que a História teve dela como fonte e/ou instrumento de seu trabalho, dos seus limites, analisa o processo de construção de biografia, a relação da mesma com o leitor, etc.
Marcos Napolitano (Doutor em História Social pela USP) em "A História depois do papel" [FONTES AUDIOVISUAIS] discute o surgimento de novas fontes históricas, como a televisão, o cinema, a música, as dificuldades de acesso a acervos, problematiza o método a ser utilizado para que o pesquisador obtenha um resultado científico, e contextualiza cada meio de produção cultural e histórica audiovisual.
Jorge Grespan (Doutor em História Social pela USP) em "Considerações sobre o método" fecha o livro com uma revisão historiográfica da História, da importância do seu método na solidificação da História como Ciência.
Esse livro é excelente, seus textos são bem escritos, ele é fundamental para historiadores e para quem deseja compreender melhor o que são "fontes históricas" e como melhor utilizá-las.
Marcos Napolitano (Doutor em História Social pela USP) em "A História depois do papel" [FONTES AUDIOVISUAIS] discute o surgimento de novas fontes históricas, como a televisão, o cinema, a música, as dificuldades de acesso a acervos, problematiza o método a ser utilizado para que o pesquisador obtenha um resultado científico, e contextualiza cada meio de produção cultural e histórica audiovisual.
Jorge Grespan (Doutor em História Social pela USP) em "Considerações sobre o método" fecha o livro com uma revisão historiográfica da História, da importância do seu método na solidificação da História como Ciência.
Esse livro é excelente, seus textos são bem escritos, ele é fundamental para historiadores e para quem deseja compreender melhor o que são "fontes históricas" e como melhor utilizá-las.
NOTA:
(*)
Resenha escrita entre 24/02/15 e 06/03/15.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
PINKSY, Carla Bassanezi (Org.). Fontes Históricas.
São Paulo: Editora Contexto, 2005, 304 p.
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